sábado, 30 de março de 2013

Valiomar 6 anos ausente! Saudades!


A amizade não é somente a convivência amiúde, quantas pessoas que convivemos cotidianamente e nunca foram amigas. Nem o parentesco também é fator determinante de reciprocidade de afeto.
O fator determinante da amizade passa pela admiração, pela convergência de ideais e pelas preferências às mais variadas opções que a vida oferece. Eu e Valiomar optamos incontavelmente pelos mesmos caminhos, não obstante o nossos destinos teimarem em nos separar nos enveredando por sendas diversas.
Valiomar no Maranhão com a prima Anacélia
e o maranhense Fernando Moreira Lima
Logo no alvorecer da adolescência o destino me levou para Maranhão, mais de um milhar de quilômetro de distância.
Não havia os e-mails e nem celulares que tanto “aproximam”  e as passagens de avião eram proibitivas para jovens como nós.
Mas todos os percalços não foram capazes de nos separar.
Nesta foto eu não estava, já morava no Maranhão.
Em pé: Glauber Werneck e Tânia, sua futura esposa, Valiomar abraçado a uma garota, Ivan Braga
Sentados: ??, Luiz Xavier e os gêmeos Hélcio e Hermes Oliveira.
Por muitos anos fomos vizinhos, por muitos anos curtirmos juntos o sítio Serra da Arara dos nossos avós, mas o destino sempre a aprontar: colégios nunca foram nossos pontos de encontros, mas nada enfraquecia nossos laços de irmandade.
Valiomar com a irmã Vilmar e nos seus braços a sobrinha Vanessinha, hoje médica
Brigas, ih, houveram tantas. Mas aonde há um bem-querer mais enraizado sempre há desavenças que não duram. Nossas casas vizinhas eram, na nossa imaginação, países diferentes, países de boas relações, algumas vezes interrompidas com devoluções de embaixadores. Coisas da nossa fausta infância.
Quase igual ao número de grãos de areia nas praias, são as vezes que Valiomar foi ao Maranhão e eu a Cajazeiras e João Pessoa para matarmos as saudades.
Valiomar, Galego de Zé Capitão, Dedé de Teotonho, Roberto Cartaxo e Wilzimar.
Mas o funesto destino logrou vencer após várias batalhas perdidas, já nos estertores do mês de março de 2007, fui alcançado por uma ligação telefônica que me informava da despedida de Valiomar, custou-me a crer no que escutava, aliás, ainda hoje em várias ocasiões sinto tão forte a presença do Valiomar como se ainda ele estivesse aqui neste mundo mundano.
Valiomar, agora Dr. Valiomar na festa de formatura no curso de medicina.
Perdi minha mãe, perdi vozinho e vozinha, perdi Valiomar. São fardos pesados que carrego. Para tornar a minha carga suportável tenho um xará de Valiomar, o seu tio Francisco Matias Rolim, Chico Rolim para me ajudar a carregar estes saudosos volumes!

Viagens internacionais de Valiomar


Um comentário:

  1. É incrivel como ler o que vc escreveu me fez voltar a nossa infância, aquele portão da casa de primeiro andar da Padre Rolim, cujo portão no segundo muro dava em frente a nossa casa da Rua Victor Jurema. Parecia que não existia a rua que dividia as duas casa, nem portão, já que o mesmo não tinha ferrolho ou trave para impossibilitar a entrada de alguém, nós sempre fomos uma só familia, e vc e VALI eram irmãos inseparaveis que mesmo de pais diferentes tinham a mesma descendência biológica, e em tudo, até nas traquinagem estavam sempre juntos. Depois seu pai construiu a Casa da Victor Jurema, vizinha a nossa, depois também Tio Micenas. Com a vizinhança lateral sem a rua para dividir não sabiamos quando Valiomar estava em casa, ou na sua, ou vice-versa. Como vc bem diz nada o separou nem a mudança para o Maranhão. Enfim Deus os separou, como também nos levou o irmão mais presente. o filho mais prestativo, o tio mais amável, o amigo sempre disponível,
    Passados seis anos, é como se fosse hoje relembrar o momento em que me Nanda me telefonou para dizer que ele estava muito doente e logo depois quando eu me aproximava da Igreja Nossa Senhora de Fátima para interceder ao Santíssimo pela sua vida, a notícia que ainda hoje magoa muito o meu íntimo.
    Sei que chorar não o faz voltar, mas é sempre assim, prefiro pensar que ele está em João Pessoa e não nesta realidade que é muito nossa. Por que tinha que ser assim? Só Deus sabe.
    Beijos. Vilmar Rolim

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